Por que a viúva negra YF-23 nunca entrou em serviço
O Northrop/McDonnell Douglas YF-23 ‘Black Widow’ foi uma maravilha da engenharia aeroespacial e um concorrente na competição Advanced Tactical Fighter (ATF). Infelizmente, nunca esteve em serviço ativo, apesar das suas capacidades notáveis.
História
No final da década de 1970, uma nova geração de caças soviéticos e mísseis terra-ar representava uma ameaça crescente para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Como resultado, a Força Aérea procurou encontrar um substituto para seus caças F-15 Eagle.
Foi quando o programa ATF (que remonta a 1971) viu duas equipes concorrentes da indústria receberem contratos de demonstração: Lockheed-Boeing-General Dynamics e Northrop-McDonnell Douglas.
Foto: Museu Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos
Com custos totalmente absorvidos pelos fabricantes, o YF-22A do primeiro competiu com o YF-23A do segundo e, em 1991, após testes rigorosos, a USAF anunciou o vencedor do programa. Embora ambas as aeronaves apresentassem tecnologia de ponta, apenas o YF-22 eventualmente evoluiu para o formidável F-22 Raptor que enfeita os céus hoje.
Apesar das proezas tecnológicas da Viúva Negra, a USAF selecionou o YF-22 Raptor como vencedor. Esta decisão foi influenciada por vários fatores, incluindo considerações de custo, facilidade de manutenção e as vantagens percebidas do desempenho do YF-22.
Embora o YF-23 tenha demonstrado desempenho excepcional e capacidades furtivas, o YF-22 atendeu melhor aos requisitos do ATF. Isso incluía características de radar de baixa observância, a capacidade de superar os mais recentes caças soviéticos Su-27 Flanker e MiG-29 Fulcrum em situações de combate aéreo e a capacidade de sustentar vôo supersônico sem depender de pós-combustores que consomem combustível.
Capacidade tecnológica
Uma das principais razões pelas quais os entusiastas da aviação e os especialistas militares lamentam a ausência do YF-23 em serviço é a tecnologia avançada da aeronave. Com um design elegante e furtivo e recursos inovadores, o Black Widow incorporou tecnologias como materiais avançados de absorção de radar, uma asa revolucionária em forma de diamante e ênfase na redução de assinaturas infravermelhas.
O jato era movido por dois motores Pratt & Whitney YF119-PW-100, fornecendo aproximadamente 35.000 libras de empuxo cada. O YF-23 poderia atingir velocidades de até Mach 2,2 em grandes altitudes, voando distâncias de 2.424 milhas náuticas (2.789 milhas/4.489 km), de acordo comCentro Aerotempo. Sua combinação de velocidade, agilidade e furtividade o tornou um competidor feroz.
Legado
Após o término do programa ATF, a Northrop enviou o YF-23A para oMuseu Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos, onde está em exibição desde 2000.

Foto: Museu Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos
No entanto, em 2004, parecia haver uma chance para o renascimento da Viúva Negra. Northrop Grumman apresentou uma proposta para um bombardeiro enraizado no design do YF-23 para atender à necessidade da USAF de um bombardeiro provisório. Esta proposta entrou em concorrência com conceitos como o FB-22 e o B-1R. No entanto, quando a USAF tomou a sua decisão em 2016, optou pelo bombardeiro de longo alcance B-21 da Northrop e, mais uma vez, a Viúva Negra ficou de fora.
Embora o YF-23 nunca tenha entrado em serviço ativo, o seu legado perdura. Por exemplo, alguns dos seus avanços tecnológicos influenciaram os projetos de aeronaves subsequentes, contribuindo para a evolução contínua dos caças de quinta geração.
Subscription
Enter your email address to subscribe to the site and receive notifications of new posts by email.
